O artigo dessa semana deveria falar de um assunto completamente diferente, mas tenho visto tantas críticas nas redes e recebido algumas “indagações” inbox que resolvi falar sobre uma questão que vem me incomodando há algum tempo: A FALTA DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DE LETRAS.

Eu realmente acredito que existem algumas profissões que uma graduação só faz somar, mas não impede que o profissional sem graduação seja competente sendo ativo dentro daquela área, estudando de verdade sobre o assunto (as vezes mais do que quem tem graduação na área). É óbvio que áreas com a médica, por exemplo, precisa de uma certificação específica e eu não falo só de diploma, mas de cursos extras e especialização, não é à toa que médicos fazem a faculdade a ainda residência. Essa é uma dentre outras profissões que a pessoa precisa sim de um estudo extremamente técnico e seguindo regras pré-estabelecidas que são fundamentadas por anos de estudos de especialistas. É obvio!

Minha formação é na área da comunicação e isso jamais me impediu de não só ser uma BOA professora de inglês, mas como também me mostrou que meu trabalho duro, meus estudo diários sobre tudo que diz respeito a língua, minha persistência em fazer diferente e ter resultado vai além e muito, de qualquer diploma que, por ventura eu possa ostentar

Há quem diga que é fundamental ter faculdade para que, no mínimo, você tenha ” referências”, mas francamente, vejo cada besteira e cada absurdo de gente que tem graduação direcionada à área que me dá aquele sentimento de “estudou tanto pra isso?”.

Sinto as vezes que tudo é mais do mesmo. Aquele livro pronto, aquele discurso lindo que o aluno quer ouvir, aquela aula sem muita tração e pegada de evolução deixando o aluno à deriva, aquele trabalho levado na maciota, sem corrigir uma lição ou incentivar o aluno a ser mais ativo/produtivo no aprendizado do idioma. Sem contar aqueles que oferecem fórmulas mágicas e velozes pra tornar o aluno fluente.

O mercado tá cheio disso e isso me tira do sério. Detesto ver gente sendo enganada ou ludibriada. Fico pra morrer.

Sempre digo que não sou o alecrim dourado, mas que meus estudos e minha determinação em não ser essas pessoas me mostraram caminhos diferentes de ensino e novas teorias que pude pôr em prática com meus alunos. Me provaram que existe sim uma linha lógica e quase que única de raciocínio para que o aluno fale inglês de verdade e não fique correndo atrás do rabo com seu ego sendo inflado por alguém que deveria ser guia e não somente uma fonte de onde o aluno bebe se quiser.

Hoje acordei pensando em uma aula experimental que fiz há algumas semanas. Na ocasião a pessoa insistia que o problema dela era somente na fala (claramente não era) e quando eu a questionei sobre alguns conceitos básicos da língua, só faltou ela virar a cabecinha ao duvidar das minhas palavras. A arrogância foi tanta que perdi até o rebolado e encerrei a aula antes, pois parecia que tudo que eu falava ou era desmerecido ou fraudulento. Sentimento horrível que me tomou conta e me fez revisitar tudo o que já havia estudado sobre a língua e me questionar se a loca ali não era eu.

Quando me deparo com alunos que sabem toda a verdade do universo sempre me pergunto: “ué, se já sabe de tudo, tá fazendo o que aqui?”

O problema dessa pessoa não estava na fala, pois ela não conhecia conceitos básicos, mas a culpa não é dela. A culpa é desse mercado abusivo, que se aproveita da falta de conhecimento dos alunos e ensina o que lhes convém, sem levar em conta se o aluno está ou não aprendendo de verdade. Uma verdadeira máfia.

Você pode perguntar a QUALQUER aluno meu se cada um deles não evolui toda aula estudando os conceitos básicos do idioma (que muitos nem sabem o que é), estudando com uma linha de raciocínio que te mostra onde está, onde esteve e pra onde vai. Se o processo aplicado não funciona. Se o investimento de tempo e grana não está sendo válido. Qualquer um. Claro que tem os que não se adaptam à minha metodologia, pois, a bicha é puxada mesmo e eu sou extremamente exigente (pro bem do aluno), mas os que fazem a sua parte, estão felizes e aprendendo inglês de verdade!

Pergunte a meus alunos se a minha falta de graduação na área de letras faz falta a eles!

A mérito de informação, no Brasil, as certificações internacionais para que você seja professor de inglês NÃO SÃO RECONHECIDAS PELO MEC, ou seja, se você não tem uma graduação em letras e têm qualquer outra certificação internacional, o MEC não endossa. Aliás, qualquer certificação internacional, como Tesol, Delta, TKT, entre outras, aceitam sim seu diploma nacional, mas dão muito valor ao seu histórico com o idioma, como, por exemplo, o tempo que você já dá aulas e a nota que você tem nas certificações internacionais de proficiência que, essas sim, são obrigatórias. Então, pequeno gafanhoto, na minha área o diploma cedido pelas faculdades é sim um plus, mas é só a pontinha do iceberg.

Inclusive, os profissionais com certificações internacionais como as citadas acima, são disputados a tapa pelo mercado interno, pois, este entende que se a pessoa vai além de uma faculdade ele é sim um profissional que merece destaque. Sem mencionar que elas capacitam o profissional de forma muito mais direcionada e internacionalmente.

Quero deixar claro que este artigo não tem a intenção, de forma alguma, desmerecer profissionais sérios, que têm faculdade seja ela do que for, pois é sim um grande feito ter faculdade no Brasil e é sim um ato de resistência a todo um sistema que nos impede de evoluir como indivíduos e como nação. Quis desabafar e deixar claro meu orgulho e prazer em ser professora SIM. Quis apenas ressaltar que em algumas áreas ter o diploma somente não faz milagre e que há profissionais que mesmo sem ter um, são incríveis e trabalham mais e melhor do que se tivessem.

Deixo aqui meu desabafo e juro responder a todos que, com educação e respeito, venham dialogar sobre o assunto!

E aí, bora aprender inglês pra vida?! 😀

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Este artigo foi originalmente publicado no site www.saygo.com.br

ARIÇA VARGAS

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