Contrariando as metodologias tradicionais, existe sim uma maneira muito mais simples e mais objetiva de você aprender inglês sem precisar estudar todos os detalhes da gramática da língua inglesa. Alguns tópicos, são fundamentais serem estudados para que você concretize o sonho de falar inglês e não, não é estudando gramática pesada e detalhada que você atingirá esse objetivo. Afinal, são poucos os que pretendem ser reconhecidos mestres no idioma.

O livro How to speak and write correctly (Se traduz: como falar e escrever corretamente), do autor Joseph Devlin, mesmo que não seja um livro indicado para o aprendizado do idioma e seja um tanto antigo, permeia os principais temas que devem ser dominados para que haja uma comunicação fluída e, a grosso modo, te leva a um caminho de compreensão de como a língua inglesa é construída.

Quanto mais você foge do estudo da gramática, menos conhecimento necessário você tem para realmente evoluir e falar inglês de verdade.

Entender o que você precisa estudar, é passo fundamental para que você escolha um bom curso ou um professor particular corretamente. É comum, por não terem um norte, que as pessoas façam escolhas ruins e, por essa razão, não é de se admirar que milhares de pessoas desistem dos cursos que iniciaram frustradas e com a sensação de batalha perdida. Há até os que esbravejam que jamais voltarão a estudar inglês, que não aguentam mais a tortura da gramática e as aulas em grupo, onde são obrigadas a interagir com um conhecimento que ainda não tem.

Mas calma, hoje essa luta acaba e a guerra, finalmente, será vencida!

Preciso mesmo estudar a gramática? Ai que perrengue!

Existe sim a necessidade do estudo da gramática, entretanto, devemos estudar não aquela a qual você vai a fundo para ser um mestre em linguística, mas a que te apresenta de forma clara e simples a construção daquele idioma e a melhor maneira prática para aplica-la. Aliás, a prática do idioma é uma máxima que deve ser levada a sério, pois não há aprendizado real se não há prática.

A gramática vai construir a base do seu conhecimento e trará a você as ferramentas necessárias para a formação das sentenças. Além disso, é com o estudo da gramática que você iniciará o reconhecimento da língua falada, em outras palavras, é estudando a gramática que você vai passar a entender o que as pessoas estão falando em inglês e é somente quando você passa a compreender o que as pessoas falam, que você também falará, não há outro caminho.

Quando você é criança, tudo que faz no início da vida é ouvir. Sua fala só se desenvolve a partir do momento que você tem informação suficiente para juntar letras e formar palavras e dai, juntar palavras e formar frases coerentes e com a construção correta.

Sobre a prática do idioma, mesmo que você ainda não seja capaz de falar inglês de fato, existem técnicas para que você pratique a língua de forma ativa, sem que precise sair do país ou implorar por um emprego em uma multinacional. Numa primeira fase do aprendizado, você pode praticar seu conhecimento construindo sentenças fundamentadas no estudo da sintaxe da língua inglesa, com temas variados inspirados no seu dia-a-dia e, quando se sentir mais seguro, escrever pequenos textos/redações com a aplicação da gramática que você já conhece.

O que precisa ficar claro aqui, é que não há como evoluir no aprendizado do idioma se você não dominar os princípios fundamentais da gramática.

Como evitar ser enganado por um curso de inglês ou professor charlatão?

Antes de mais nada, quero esclarecer que a ideia aqui, não é desmerecer os profissionais que compartilham informações realmente úteis e com fundamento, e sim, desmascarar os que, por falta de conhecimento ou até mesmo caráter e ética profissional, usam artifícios duvidosos para conseguir alunos para seus cursos e seguidores para suas redes.

De forma geral, temos acesso diariamente a informações gramaticais quebradas ou incompletas, principalmente nas redes sociais. Essas informações se apresentam em forma de “dicas” e, em alguns casos, não nos levam a real compreensão do idioma e servem tão somente para lhe trazer uma sensação de evolução, quando que na verdade, lhe transformam em uma espécie de papagaio de pirata, onde você sabe vagamente o uso do que viu e não sabe realmente aplica-lo quando necessário.

Cuidado para não dedicar muito tempo a informações rasas. Isso pode gerar frustração e te desmotivar nos estudos.

Precisamos evitar informações que vem sem introdução sobre o tema em questão, que somente lhe falam sobre vocabulário, pronúncia e decorebas. Tenha cuidado com professores e cursos que prometem fluência, principalmente se existir tempo limitado pra isso. Não caia no conto do vigário da decoreba de 2000 palavras, ter vocabulário não é nem 50% do processo. Não acreditem em e-books milagrosos que prometem te ensinar inglês com pouco estudo e, acima de tudo, fiquem alertas com pessoas ou escolas que, além de seguirem a linha tradicional, aplicam exercícios de preencher lacuna, múltipla escolha e textinhos prontos sem sentido.

Para que o conhecimento seja completo e válido, digno de depositar esforço e tempo de estudo, você precisa compreender que essas informações cedidas devem fazer parte de um todo, devem seguir a linha de começo, meio e fim pra fazer sentido e te capacitar para aplica-las. Se a dica que está sendo dada lhe fizer sentir que há pontas soltas, que vem do nada e se vai pro nada, fuja pra bem longe e nunca mais volte ali!

Afinal, o que estudar?

A maior preocupação das pessoas não falantes da língua inglesa, é o vocabulário, no entanto, o que deveria preocupar de fato é a base da construção das sentenças desse idioma. De nada adianta você ter um vocabulário vasto se você não faz ideia de como organizá-lo em uma sentença. Costumo dizer que o vocabulário acontece de acordo com como você vai evoluindo e aprendendo os pilares da língua inglesa.

Um desses pilares e, do meu ponto de vista o mais importante, é o uso dos verbos auxiliares. Nós não temos esses verbos na língua portuguesa trabalhados da mesma forma que na língua inglesa e, em uma explicação bem simples, esses verbos são responsáveis não só pelo tempo verbal das sentenças (presente, passado, futuro…) como também pela conjugação dos verbos principais dessas sentenças. Em inglês, todas as sentenças possuem um verbo auxiliar e tendo dito isso, se preocupe bastante em aprender cada um desses verbos para compreender como as sentenças são construídas. São eles:

·      VERBO TO BE: O principal e o mais importante deles todos por ser o primeiro a ensinar e representar o quão contínua as construções na língua inglesa são.

·      DO E DID: Representam o presente e o passado simples.

·      HAVE: Este verbo auxiliar é representado pelos perfect tenses e perfect continuous tenses.

·      MODAIS: can, could, might, may, must, would, should, ought to, will e shall.

Uma vez que você domine os verbos auxiliares, sua atenção deve ser voltada para outros 9 temas. São eles: Artigos, Substantivos, Adjetivos, Pronomes, Verbos (regulares e irregulares), Advérbios, Preposições, Conjunções e Interjeições. Depois de ter estudado todos esses tópicos, um a um e aprendendo como aplica-los, eu sugiro que você ainda estude sobre gerúndio e phrasal verbs.

Você deve ter em mente que não há como burlar processos. O processo de aprendizado de qualquer idioma na face da terra é: Gramática, compreensão da língua falada e então, fala propriamente dita. Não pense que você pode aprender os dois últimos processos de forma satisfatória se você não domina o primeiro processo.

No filme A Chegada, podemos perceber claramente que os processos devem ser seguidos e que não adianta cortar caminho, você só aprende a usar a língua quando domina a escrita.

Entendido isso, se você seguir a lista apresentada, estudando cada tema com dedicação, não existe razão para você não aprender esse idioma, com boa compreensão do inglês falado e a passos largos para a fala. Aliás, estudando esses temas em inglês, você verá que apesar da língua inglesa ser similar ao português, ela possui diferenças que fazem sentido somente dentro desse idioma, portanto, exclua da sua vida a tradução, pois ela não fará nada por você no que se trata de aprender inglês.

Tudo muito bonito, muito legal, mas dá pra aprender sozinho?

Dá! Existem várias ferramentas gratuitas ou baratas e sites disponíveis no mercado que vão lhe auxiliar na prática da gramática, na leitura e na fala. Abaixo, segue uma listinha dessas ferramentas e de alguns sites que confio que podem lhe ajudar nessa empreitada:

Sites:

Gramática: https://www.todamateria.com.br/

https://www.englishexperts.com.br/

https://www.linguee.com.br/

Revisão de textos e redações: https://www.grammarly.com/

App´s:

Pronúncia: ELSA

Leitura: Kindle (vários livros gratuitos e outros bem baratinhos) e EWA0,

Conversação: Italk

Deixe nas sugestões se conhece mais aplicativos ou sites. Compartilhar conhecimento é sempre bem-vindo!

Nunca se esqueça que seu comprometimento e disciplina no estudo, é que lhe farão aprender. Acho que a essa altura, você já deve saber que a única coisa que cai do céu, é chuva! Então arregace as mangas e bora começar o ano arrepiando no estudo do inglês!

Texto publicado originalmente no site: www.saygo.com.br

ARIÇA VARGAS

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